quinta-feira, 11 de abril de 2013

Casamento x Uma Outra Coisa Entre Pessoas do Mesmo Sexo

Já faz muito tempo que não escrevo nada. Isso acontece menos por falta de vontade que por abundância de preguiça. Entretanto, tenho sofrido tamanha indignação diante de tanta baboseira que tenho ouvido na mídia, na rua e no trabalho a respeito da questão homossexual, que tive as cadeias da apatia despedaçadas. Não dá pra ficar calado, só ouvindo a "onisciente" voz do povo, muito bem fundamentada na venerável preferência particular de cada um.

Na verdade, não pretendo falar sobre o problema da homossexualidade em si. O esforço seria desproporcional ao resultado e além disso, a minha intenção não é convencer ninguém, até porque, quem lê um blog, não procura verdades capazes de lhe mudar a vida e sim argumentos a serem refutados. Não. A vida particular de cada um a cada um pertence. As intimidades alheias, desde que restringidas, mesmo, à esfera íntima, não me dizem respeito. Então, vamos logo ao que interessa.

Recentemente um certo deputado, ícone de um direitismo caricato, fabricado pela própria esquerda com o fim de queimar a imagem do conservador inteligente e equilibrado, que fundamenta suas crenças em princípios e não em vontades, desejos e caprichos, assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e, desde então, não se fala em outra coisa. A imprensa, em uníssono acorde, manifestou seu repúdio não só às opiniões do deputado, mas a sua pessoa e, principalmente ao fato de ele ocupar aquela presidência. E, cá pra nós, ele é mesmo um sujeito obtuso, imaturo e desequilibrado. Não dá uma dentro. Pode até acreditar em algumas coisas certas, mas da maneira e pelos motivos errados. Por isso eu acredito que ele não é normal. Não pode ser sério, isso! Ele é uma espécie de operação de Falsa Bandeira em que o executor da manobra não precisa sacrificar combatentes de seus quadros, mas elege o alvo entre o próprio inimigo, com a única finalidade de trazer a opinião pública a seu favor.

Pois bem, faço essa referência apenas de passagem, pois Marco Feliciano já é um assunto batido e rebatido. Sobre ele, nada mais direi, senão que o país onde um cara desses é atacado a sério, como inimigo real, é um país de idiotas. Aceita tudo. Acredita em tudo, por mais teatrais que as coisas sejam. Marco Feliciano é um moinho de vento erguido e combatido pelas esquerdas brasileiras. E o brasileiro acredita mesmo que ele é um enorme gigante de seis dedos, comedor de criancinhas.

Limitar-me-ei a falar sobre o casamento homossexual, que, desde a publicação das fotos e do novo relacionamento de Daniela Mercury, se tornou o assunto em voga. O interessante é que até pouco tempo, namoro de celebridade era assunto particular, que causava, inclusive, algumas respostas ríspidas a repórteres mais ousados. Mas agora, com a moda dos namoros homossexuais, o assunto se tornou público. E eu não consigo entender: por que é que a intimidade homossexual precisa ser pública? Isso é meio neurótico, né não? Pois bem. Daniela Mercury agora é modelo de conduta e quer ditar os novos valores morais.

Vamos deixar de lado os fatos concretos e específicos. Não quero falar de Daniela Mercury, nem de Marco Feliciano, nem de ninguém que seja. Vamos analisar o casamento, apenas. Sem noivos ou pretendentes conhecidos.

Há implicações envolvidas na prática homossexual e, em especial no pretendido casamento entre pessoas do mesmo sexo, que, inadvertida ou, o que é mais provável, intencionalmente, não são levadas em consideração por aqueles que discutem, defendem, atacam e fazem do casamento gay a sua bandeira. É que casamento é uma instituição e como toda instituição, existe e se conserva porque é sustentado por bases sólidas, lógicas e estáveis. E quais são essas bases que sustentam o casamento? Quais são o seu motivo de ser?

Grosso modo, podemos dizer que o casamento se sustenta sobre um tripé formado por três princípios básicos: espécie, gênero e número. Sobre essas três bases peculiares se sustenta o casamento. E elas se inter-relacionam e se sustentam uma à outra. Elas definem o que é, basicamente, o casamento. São, portanto, uma limitação conceitual objetiva.

Analisemos rapidamente, portanto, essas bases, pois talvez elas sejam apenas uma preferência arbitrária e ultrapassada de empedernidos e ranzinzas reacionários mal-humorados. Comecemos com a limitação por espécie: ela determina que o casamento envolve dois seres da mesma natureza, classificados na mesma unidade básica de classificação científica. A espécie. Dois seres humanos, racionais e capazes, no caso. Em seguida, temos a limitação por número. O casamento é um contrato entre um número limitado de pessoas. Duas. Mas duas por quê? Aí é que entra a limitação por gênero. O casamento é limitado por número porque é limitado pelo gênero. Masculino e feminino. Macho e fêmea, Homem e mulher. Só há dois gêneros diferentes e complementares. Cada um feito sob medida para completar ou se adequar sexualmente ao outro. Duas pessoas que, ao contraírem matrimônio geram descendência e patrimônio.

O casamento é uma instituição humana porque envolve um compromisso. Duas partes se comprometem a formar um núcleo social fundamental chamado família. Ali são gerados novas obrigações e direitos. Novas implicações jurídicas. E, o que é mais importante, novos seres humanos. É a família que tem o dever de levar adiante a cultura e os princípios de um povo. É ela a primeira responsável por ensinar valores às gerações futuras. E essas gerações, para serem maduras e responsáveis, precisam nascer das famílias a partir do casamento. O casamento tem, então, a função de proteger a família e sua posteridade. Analisando apenas socialmente, ele é um contrato que tem a família como objeto e fim último. 

Por que, portanto, o casamento deve ser celebrado entre homem e mulher? Existem vários motivos, mas o principal é este: porque ambos são capazes de se unir sexualmente e, dessa união, gerar novos sujeitos passíveis de direitos e obrigações. Porque ambos são capazes de se unir em um, numa relação sexual.

O casamento não é uma arbitrariedade. Não é um capricho conservador. Repito, o casamento é uma instituição social e legal específica. Observe que, se demolirmos a limitação fundada no gênero, destruímos, no mesmo ato, a limitação numérica. Ora, mas isso é lógico. O casamento, hoje, só pode ser contraído por duas pessoas porque dois são os gêneros e nada fica faltando nem sobrando. A união está completa. Entretanto, se o gênero passa a não mais fazer parte dos fundamentos do casamento, a questão sexual cai e o número deixa de ser limitado por um princípio evidente. Não há mais motivo para dizer que o homem e a mulher são o núcleo da família. Como qualquer contrato, o casamento poderá ser contraído por três, quatro ou dezessete pessoas! Passa a ser apenas uma sociedade. Não há mais as tão fundamentais questões sexual e procriativa envolvidas.

Podemos levar este argumento um pouco mais adiante e veremos que logo poderão surgir os defensores da bestialidade zoófila. Ora, se os três fundamentos do casamento caíram, logo, seria arbitrário dizer que ele deve ser ministrado apenas aos seres humanos. Logo o homem poderá se casar com sua cadela de estimação, e aqui quero me referir ao animal mesmo. Logo alguém se levantará pelo direito de se casar com sua cabrita ou com seu cavalo, já que o casamento passa a ser, agora, apenas um manifesto de afetividade e de desfrute sensorial pervertido.

Digo desfrute sensorial porque a palavra sexo não se aplica à relação entre pessoas do mesmo gênero sexual. Homem e mulher são os únicos capazes de se relacionar sexualmente. Cada um tem o órgão sexual anatômica e biologicamente relacionável com o do outro. O órgão sexual de um precisa do órgão sexual oposto para cumprir com seu papel. Essa relação entre órgãos sexuais é que é chamada de sexo. A união entre um órgão sexual e um órgão excretor ou digestivo não é sexo. É uma aberração qualquer, mas não sexo. Nem um nem o outro cumpre sua função biológica assim. Da mesma forma, se alguém ligasse sua traqueia ao próprio intestino, não poderia dizer nem que está respirando e nem que está digerindo. Pode-se dizer, no máximo, que ele está é fazendo uma maluquice. O sujeito pode até sentir prazer fazendo seja lá o que for, mas nem por isso aquilo pode ser chamado de sexo. Massagem também causa prazer. Cafuné também, mas nem um nem o outro é sexo.

Essa relação entre pessoas do mesmo sexo pode, no máximo, ser chamada de masturbação acompanhada, assistida, ajudada, sei lá. Senão, da mesma forma, teríamos que considerar que uma mulher que se masturba utilizando uma cenoura pratica relação vegetossexual. Sim, sexo com vegetais! Mas não, amigo, cenoura não é órgão sexual. Portanto, a introdução dela na vagina não pode ser considerado sexo, assim como a introdução do pênis num orifício qualquer que não a vagina, também não o é. Da mesma forma, a união entre pessoas do mesmo sexo pode ser chamada de qualquer outra coisa, mas não de casamento.

Mas não nos assustemos. Os tempos são perversos. O homem, após perder os valores, clama pelo direito de ter todos os seus desejos, gostos e vontades, afagados como princípios da dignidade humada. Creio que não está longe o dia em que as mulheres lutarão pelo direito de se casarem com um pepino.

5 comentários:

Unknown disse...

Polêmico, muito polêmico.
Preciso de um ou dois dias para contra-argumentar e pontuar os pontos onde discordamos...
Mas como sempre bem escrito. (Posta no facebook pra causar alvoroço hehe) E lê esse aqui depois: http://www.midiasemmascara.org/artigos/movimento-revolucionario/14016-caso-marco-feliciano-a-cnbb-nao-me-representa.html

Rafael Lemos disse...

Ontem mesmo Lorena estava me contando de um cara que foi espancado em Brasília porque reclamou com os drogados que faziam barulho em frente à sua casa. Só que ninguém se importou, porque ele era hétero. No jornal isso não passou de uma nota de rodapé. Agora, se a mesma coisa acontece com um homossexual o povo fica indignado, faz um alvoroço, posta no facebook, porque que é crime de ódio. Engraçado que só é crime de ódio quando a vítima é homossexual. E quando a vítima é hétero, chama crime de amor? Nesse caso, o pobre coitado inocente que foi espancado até a morte foi vítima de um crime de amor.

O povo pede por igualdade sem ter a mínima noção do que igualdade significa. Igualdade não é dar mais direitos às minorias. Cota por raça nas faculdade federais (e agora também nos leitos dos hospitais) não tem nada a ver com igualdade. Desde quando a cor da pele define que uma pessoa tem maior necessidade que a outra?

Assim como casamento homossexual também não tem nada a ver com igualdade. E pegando carona nessa linha de raciocínio onde não há mais a regra do gênero, não deveria ter a regra da idade também. O que impede um pedófilo de casar com uma criança? Ou duas crianças de se casarem entre si? Afinal, todos merecem direitos iguais, independente de idade.

É triste viver num mundo em que o absurdo é louvado e a razão é menosprezada...

Ricardo disse...

Exatamente! A questão é exatamente essa! A legalização da pedofilia é uma questão de tempo. Não tô dizendo por efeito retórico não. É isso mesmo!
Crime de amor!!! É isso mesmo! Ainda uso essa, rsrs.
Você sabia que há 50.000 homicídios no brasil por ano. Desses 50.000, 200 são contra homossexuais. E eles dizem que há um massacre de homossexuais neste país homofóbico! 200 representa 0,4% desses 50.000. Ah, vá. Pra cima de mim!

Anônimo disse...

Argumentos repugnantes!
Desrespeito e intolerância… Onde vamos parar!

Anônimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=Y9UeKYF6sno&feature=related